segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

FUTEBOL: Ex jogador do Potyguar acompanhou a trajédia no Rio de Janeiro


foto do blog escrete de ouro

Mi­lha­res de curraisnovenses têm as­sis­ti­do pela te­le­vi­são e acom­pa­nha­do pelos jor­nais os re­sul­ta­dos do de­sas­tre na­tu­ral ocor­ri­do nas ci­da­des ser­ra­nas de Pe­tró­po­lis, Nova Fri­bur­go e Te­re­só­po­lis/RJ. Dois po­ti­gua­res, em es­pe­cial, pre­sen­cia­ram a tra­gé­dia in loco.

Há onze dias, o currais-novense Joa­tan Oli­vei­ra Filho, 26, che­gou à ci­da­de de Te­re­só­po­lis, uma das mais atin­gi­das pelo de­sas­tre, para fazer parte do elen­co do time de fu­te­bol do mu­ni­cí­pio, o 'Teresópolis Fu­te­bol Clube', e levou com a ele a es­po­sa, Dan­ni­la Ta­vei­ras dos San­tos, 29. Se­gun­do eles, no úl­ti­mo do­min­go a cal­ma­ria e as be­le­zas do mu­ni­cí­pio ser­ra­no do Rio de Ja­nei­ro foram so­ter­ra­das pelas águas da chuva, que des­truí­ram parte da ci­da­de e trou­xe­ram com elas, muito de­ses­pe­ro.

"A gente sabe que nin­guém es­pe­ra uma tra­gé­dia como essa. Mas nunca ima­gi­nei que pu­des­se pre­sen­ciar um de­sas­tre desse ta­ma­nho. A noite do do­min­go, 9, pas­sa­mos por mo­men­tos in­des­cri­tí­veis. A chuva que caía sobre as casas era muito forte e, sin­ce­ra­men­te, pen­sei que iria mor­rer. Vi o gran­de sonho de jogar em um time do su­des­te transformar-se em um gran­de pe­sa­de­lo", de­sa­ba­fou o jo­ga­dor.


Ele conta que o Cen­tro de Trei­na­men­to do Clube (lo­ca­li­za­do no Alto/Bair­ro Nossa Se­nho­ra de Fá­ti­ma) há apro­xi­ma­da­men­te 10Km dos bair­ros mais atin­gi­dos não foram re­gis­tra­dos tan­tos pro­ble­mas, mas re­la­ta que pes­soas li­ga­das ao time per­de­ram pa­ren­tes e al­guns estão de­sa­bri­ga­dos. "O clima aqui é pa­re­ci­do com o de um filme de guer­ra. O nosso trei­na­dor per­deu al­guns pa­ren­tes na tra­gé­dia. A co­zi­nhei­ra do time teve sua casa con­de­na­da pela de­fe­sa civil e está abri­ga­da com a fa­mí­lia na re­si­dên­cia dos jo­ga­do­res.

A es­po­sa do jo­ga­dor, Dan­ni­la Ta­vei­ras, re­ve­la que o mo­men­to mais di­fí­cil foi ficar sem no­tí­cias do ma­ri­do du­ran­te toda a noite. "Como a gente está mo­ran­do em casas se­pa­ra­das - ele fica na re­si­dên­cia do time e ela na casa de pa­ren­tes - o pior foi saber se es­ta­va tudo bem. Nunca pen­sei que uma noite du­ras­se tanto tempo. O ba­ru­lho da chuva, a in­ten­si­da­de da água, a in­cer­te­za se ama­nhe­ce­ría­mos vivos foram mo­men­tos de muito apego com Deus", con­tou a as­sis­ten­te de con­sul­tó­rio den­tá­rio.

Na manhã de ontem, 14, todo o elen­co do Te­re­só­po­lis Fu­te­bol Clube foi li­be­ra­do por que o es­tá­dio de fu­te­bol An­tô­nio Sa­vat­to­ne foi trans­for­ma­do em uma base de apoio à Defesa Civil. "O es­tá­dio está to­ma­do de me­di­ca­men­tos, co­mi­das, do­na­ti­vos, e todas as doa­ções que estão sendo en­via­das para as pes­soas.

Fonte: Correio da tarde        

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