Seja por falta de planejamento, seja por paralisações judiciais, a realidade é que o otimismo que marcou a indicação para a Copa recebeu um verdadeiro balde de água fria. A recente declaração do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de que o maior problema são os aeroportos e a capacidade hoteleira não condiz com os desafios da preparação brasileira.
Até o momento, oito sedes tocam os projetos das arenas sem entraves: Belo Horizonte, Cuiabá, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Brasília e Manaus também já começaram as obras. No entanto, os governos do Distrito Federal e do Amazonas ainda lutam com o Ministério Público para liberar a verba dos estádios.
No caso da Arena Amazônia, há indício de sobrepreço em mais de 80 itens do edital. Após ter concedido o empréstimo, o próprio BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) suspendeu os pagamentos a pedido da Controladoria Geral da União, que exige uma correção de rota do governo amazonense.
O banco, aliás, aprovou financiamento para apenas um terço das arenas. Os governos de Bahia, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Ceará foram os únicos a assinar o contrato. O que não significa, necessariamente, agilidade.
A reforma do Castelão, em Fortaleza, foi a penúltima a ser licitada e deve começar apenas em março. Curitiba prevê obras em junho. E só nesta semana Recife recebeu a última licença para erguer a Arena Pernambuco.
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